sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pedido .


Lembranças tão boas que o tempo jamais levará A neve imaginaria caíndo pela janela, a arvore de natal desenhado no papel branco do caderno antigo, presentes debaixo da cama e sonhos impossíveis.
A inocência que se encantava com a barba branca do papai, do papai Noel, os sonhos encantados e um propósito de ser boa sempre pra ser recompensada. 
Tempo bom aquele em que nada atrapalhava meu sorriso e minha paz.
Tempo bom aquele que os monstros eram imaginários, hoje eles são de verdade. 
Tempo bom que não volta, mas que não se apaga. As simples coisas se tornavam tão grandes e lindas, os gestos eram tão verdadeiros e reais e nada era melhor do que estar no meu canto quietinha. 
Mas ai eu cresci, e deixei de acreditar no velhinho de barba branca que se 
tornou um simples material comercial. 
Tudo deixou de ser colorido e a realidade hoje está na minha cara. 
Não a mais sonhos, nem presentes debaixo da cama, o que restou foi a realidade nua e crua. 
Mais ainda existe aqui dentro um coração de menina que torce que aquele velhinho seja de verdade, que ele possa realizar meus sonhos antigos e me recompensar pelas coisas boas que fiz. 
Velhinho, papai , seja como tu gosta de ser chamado , eu te peço com coração de menina e 
alma de mulher que se tu for de verdade traga paz, traga luz e amor para todo esse mundo. 
Leve a escuridão, leve a violência e a falta de amor, faça desse mundo um lugar melhor. 
Esse é o pedido de uma menininha quase sem esperança, mas que tá tentando acreditar. 
Não me decepcione mais uma vez, por favor, eu quero confiar em você.
- Miliane Pinheiro.

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